Em um post em seu blog, a Edison Research lembra uma matéria publicada na The Atlantic em 2017 intitulada “O podcasting é o novo talk-radio”. No artigo, a revista afirmava que os podcasts têm as características e técnicas de comunicação do rádio, porém, oferecem ainda as vantagens do consumo on-demand, em qualquer hora e em qualquer lugar.
Agora, anos depois, a Edison Research apresenta dados da sua pesquisa Share Of Ear para determinar se o ‘novo talk-radio’ já superou o incumbente, o rádio falado tradicional. A pesquisa entrevista 4.000 americanos anualmente para medir o alcance diário e o tempo gasto com todas as formas de áudio.
Para esta análise específica, o conteúdo de áudio foi categorizado para excluir a audiência de música e considerar apenas notícias, talk shows esportivos, transmissões de jogos, audiolivros, programas de entrevistas e shows de personalidades.
Na época da publicação da matéria da The Atlantic em 2017, o rádio AM/FM representava 66% do tempo do ouvinte consumindo conteúdo de áudio falado enquanto o podcasting tinha uma fatia de apenas 13%.
Avançando para os dias atuais, a disputa está muito mais acirrada. O rádio AM/FM agora representa 43% do tempo de audiência do conteúdo falado, enquanto os podcasts representam 36%. Portanto, a margem passou de 53 pontos percentuais para 7 pontos percentuais nos últimos sete anos. A fatia de mercado do podcasting em relação ao áudio falado quase certamente ultrapassará a do AM/FM dentro de alguns anos.
Há mais um ponto a ser observado – a vantagem do rádio AM/FM vem inteiramente das pessoas com 65+ anos. Entre aqueles com idades entre 13 e 64 anos, o podcasting já ultrapassou a escuta do rádio AM/FM, com 41% contra 39%. Enquanto isso, entre os americanos mais velhos, com 65+ anos, o rádio AM/FM continua a dominar, com uma vantagem de 66% para 13%.
Veja também o post “Audiência dos ouvintes fãs de esportes cresce no podcasting em comparação com o rádio”, onde este gap foi abordado com mais detalhes para o conteúdo esportivo.
Fonte: Edison Research