A pesquisa Share of Ear, realizada pela Edison Research, é um estudo que analisa o consumo de áudio nos Estados Unidos. Lançada em 2014, essa pesquisa se tornou um importante termômetro do comportamento dos ouvintes, medindo a quantidade de tempo que os americanos dedicam a diferentes plataformas de áudio, incluindo rádio AM/FM, streaming, podcasts e outros formatos.
A Share of Ear utiliza um diário de escuta onde aproximadamente 4.000 americanos são entrevistados anualmente. Os participantes registram suas atividades de escuta durante um período de 24 horas, permitindo uma análise detalhada sobre os formatos consumidos (AM/FM, streaming, podcasts, audiolivros etc.), os locais onde ocorre a escuta (em casa, no carro, no trabalho etc.) e os dispositivos utilizados (smartphones, computadores, rádios tradicionais e smart speakers).
Essas informações ajudam a entender não apenas o que os ouvintes consomem, mas também quando e onde isso acontece.
Em um recorte especial da pesquisa, referente ao terceiro trimestre deste ano, a Edison Research divulgou uma análise focada na audiência no carro, especificamente naquela que usa o smartphone como dispositivo de reprodução do conteúdo.
Enquanto, em 2014, apenas 15% dos usuários de áudio no carro ouviam em seus celulares, hoje, esse número quase dobrou. Agora, 29% da população dos EUA com 13 anos ou mais que ouvem áudio no carro o fazem através do celular.
No entanto, vale notar que isso não significa necessariamente que todos dentro do carro estejam ouvindo a mesma coisa. Fones de ouvido permitem que cada ocupante escute algo diferente – por exemplo, adolescentes, no banco de trás, podem estar ouvindo suas playlists ou músicas baixadas em seus celulares enquanto o motorista escuta algo diferente.
O gráfico abaixo mostra como os americanos dividem o seu tempo de consumo de áudio no carro quando o dispositivo usado para isto é o celular. O streaming de música é o formato de conteúdo mais consumido e representa 53% do tempo de audiência. Em seguida, vêm os podcasts com 17% do tempo. E, em uma visão mais ampla, reunindo podcasts e audiobooks, vemos que o conteúdo de áudio falado representa cerca de 21% do tempo.
Fonte: Edison Research