Um artigo da Fortune de 01/06/16, relatando a última conferência do Spotify com a imprensa, fez um bom retrato dos desafios e estratégias da empresa pra torná-la rentável (ver também: Spotify: faturamento cresce mas prejuízo também aumenta).
Duas estratégias foram divulgadas:
- Como forma de criar um diferencial para os outros serviços e “diminuir a dependência das gravadoras”, o Spotify passou a produzir outros tipos de conteúdo tais como seus próprios vídeos (shows exclusivos, entrevistas com artistas etc) e pop-ups que explicam as letras das músicas. Esta unidade da empresa está sendo liderada por um experiente ex-executivo sênior do YouTube.
- A segunda estratégia é capitalizar a base de usuários dos seus aplicativos mobile, investindo em algoritmos que aprendam as preferências de cada um para oferecer serviços personalizados tais como sugestões de shows e objetos com a marca do artista.
Entretanto, estes caminhos não parecem ser uma solução efetiva. Para uma empresa que, até então, tinha um produto exclusivo de áudio, a introdução de vídeos e a venda de acessórios parece ser apenas algo marginal em termos de faturamento.
O desafio do Spotify é que Apple e Google, com suas enormes capacidades de investimento e de suportar perdas por mais tempo, estão no retrovisor (a Apple, em um ano de serviço, já está com 13 milhões de assinantes).
Enfim, o que está em jogo é se os serviços de streaming de música conseguirão sobreviver como negócios independentes ou se serão absorvidos e oferecidos como mais uma das opções de grandes corporações de tecnologia como Apple, Google ou Amazon.
Fonte: Fortune