Com um negócio baseado em impressão de anúncios, o Google está diante de um desafio, o novo mundo da inteligência artificial e dos assistentes virtuais pessoais no qual o usuário interage por voz e não há um display para mostrar a publicidade.
Em uma conferência recente para investidores, Sundar Pichai, CEO do Google, foi questionado por diversos analistas de internet se a busca por voz seria mais difícil para monetizar com publicidade. Pichai não respondeu de forma específica.
Nas buscas realizadas por voz, a publicidade pode ser inserida nas respostas dos assistentes virtuais pessoais, porém, não no mesmo volume que uma página de resultados do Google normalmente apresentaria. Como um break de rádio, o tempo de publicidade não pode se estender indefinidamente a ponto de provocar a fuga do ouvinte ou usuário.
Assim, para o Google, a migração para voz poderia representar uma diminuição de inventário. Olhando por essa ótica, os analistas estão interessados em avaliar o share de publicidade que a busca por voz poderá capturar e se este mecanismo poderia ter um peso significativo a ponto de representar uma diminuição nas buscas tradicionais através de displays.
Olhando pelo lado do rádio, o ponto a ser analisado é se este crescimento das buscas por voz irá, de alguma forma, alterar o tamanho das fatias da publicidade em áudio de forma geral.
Interessante notar que a dificuldade que o Google encontra em ir para um ambiente só com áudio é equivalente à do rádio que, no sentido inverso, sem display, busca espaço no mundo da internet.
Ver também:
Google Home controla a casa e as músicas por comandos de voz
Amazon expande operação do Echo para a Europa
Fonte: Business Insider