As recentes apresentações dos resultados financeiros dos principais grupos americanos de rádio aos seus acionistas, agora no primeiro trimestre, mostraram que os radiodifusores tradicionais não podem mais ignorar o digital.
Agora, uma nova projeção corrobora este alerta, porém, com boas notícias para o ecossistema de áudio em geral, mesmo com um cenário pouco favorável para o rádio over-the-air.
A previsão de março de 2024 da eMarketer indica que a publicidade em produtos de áudio digital no mercado americano deve experimentar um crescimento significativo de 2022 a 2028, enquanto as receitas de anúncios no rádio tradicional AM/FM devem diminuir.
Em 2022, a publicidade no rádio AM/FM gerava US $11,04 bilhões dos US$ 17,36 bilhões totais investidos em anúncios de áudio. No entanto, espera-se que esse número diminua anualmente, caindo para US$ 9,68 bilhões até 2028.
Em contraste, a publicidade no áudio digital, que abrange serviços de streaming como Pandora e Spotify, podcasts e rádio via satélite, deve crescer de US$ 6,32 bilhões em 2022 para US$ 8,74 bilhões em 2028.
Enquanto em 2022 as vendas do digital contribuíam com 36,4% da receita total, para 2028, a participação projetada para o digital é de 47,4%.
Apesar do declínio nas receitas com anúncios no rádio AM/FM, a eMarketer prevê que os gastos gerais com publicidade no áudio aumentarão, subindo de US$ 17,36 bilhões em 2022 para US$ 18,42 bilhões em 2028. Portanto, enquanto a participação do rádio tradicional no mercado pode estar diminuindo, o áudio como um todo continua a prosperar. E esse aumento faz parte de uma tendência constante, com a taxa média de crescimento anual (CAGR na sigla em inglês) da indústria de 6,4% desde 2020.
Apesar disto, o áudio ainda pode ser considerado um meio de publicidade subestimado. Embora os consumidores gastem 21,4% do seu tempo total de mídia ouvindo áudio, agora, em 2024, ele representará apenas 4,5% do gasto total com publicidade nos EUA. Ou seja, há um grande potencial de crescimento.
Fonte: Radio Ink / eMarketer